Atividade aconteceu numa área rural do Cabo de Santo Agostinho
Esta quarta-feira (20) foi dia de grande aprendizado sobre preservação do meio ambiente para os estudantes da Educação de Jovens e Adultos do Campo (EJA Campo). Eles participaram de uma caminhada ecológica organizada pela Gerência Regional (GRE) Metro Sul. A atividade interdisciplinar aconteceu na área rural chamada Arariba, localizada no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife.
Os participantes são agricultores da região e estudam na Associação Terra e Liberdade, um dos anexos da Escola Estadual Colette Catta, unidade certificadora da EJA Campo. Também participaram do momento demais trabalhadores rurais, acampados e integrantes do Movimento Sem Terra (MST).
Durante a caminhada, os educadores falaram sobre a importância da conservação do meio ambiente da região, uma vez que a terra e a flora da localidade são as principais fontes de trabalho e existência desses agricultores; como identificar e melhor cultivar plantas e sementes da região; plantio de árvores frutíferas, além de outras práticas agroecológicas.
Boa parte dos assentados do acampamento Luiz Gonzaga sustentam suas famílias com a produção rural durante o dia e estudam na rede estadual de ensino à noite.
Andreza Cristina, 28 anos, é estudante do primeiro módulo da EJA Campo. Na avaliação dela, a retomada dos estudos tem mudado sua vida para melhor. “Como mãe, tive que parar meus estudos para cuidar da minha filha, mas com o trabalho do EJA Campo aqui foi um grande alívio. Eles me incentivam muito a estudar e a procurar me profissionalizar em outras coisas”, relatou.
Fotos: Filipe Jordão
Essa foi a primeira caminhada ecológica de muitas que a GRE Metro Sul pretende fazer. Na visão da professora articuladora territorial da Educação do Campo, Eliane Marques, esse tipo de atividade não só promove o conhecimento, mas também ajuda na preservação da Mata Atlântica.
“Trazer os estudantes da EJA Campo para essa identificação é um compromisso com a preservação da Mata Atlântica. Isso faz com que eles cheguem mais próximos da natureza, somando a teoria com a prática”, colocou a professora Eliane.