Poliana do Nascimento é um das bibliotecárias que integram a equipe da Biblioteca Pública do Estado

Organizar e catalogar acervos, orientar a busca e a seleção de informações, preservar mídias e desenvolver ações educativas. Essas são apenas algumas das funções de um bibliotecário, ocupação milenar registrada desde a Antiguidade. Nesta terça-feira (12), o Brasil comemora o Dia do Bibliotecário, profissional responsável por tratar a informação e torná-la acessível, contribuindo para a geração do conhecimento.

É justamente com essa missão que trabalha a bibliotecária Poliana do Nascimento, de 48 anos. A chefe da seção de Coleções Especiais da Biblioteca Pública do Estado (BPE), localizada na área central do Recife, é uma apaixonada pelos acervos que cuida. “Quem não conhece ainda, não sabe o tesouro que tem aqui”, comenta.

Fotos: Josimar Oliveira

Mesmo nascida em uma família de bibliotecários, o caminho de Poliana até a profissão a que exerce hoje não foi tão óbvio. “Tem gente que vem de uma família de médicos, eu venho de uma de bibliotecários. Minha mãe, meu irmão e minha tia, que inclusive trabalhou aqui na Biblioteca Pública. Minha primeira formação foi em Artes e, na época, eu não me envolvi com a Biblioteconomia. Achava uma coisa chata”, brinca.

Foi o irmão que ajudou a virar essa chave. “Quando ele começou a graduação, eu vi que a Biblioteconomia não era o que eu achava que era, não foi o curso que a minha mãe fez, ele foi modificando”, avalia. Para ela, o público ainda tem uma visão distorcida do que faz um bibliotecário. “As pessoas entendem o bibliotecário como um profissional que vive sempre guardando livros ou indicando leituras, mas o seu foco, a sua essência, é trabalhar com a informação. Ele organiza a informação para que o pesquisador tenha acesso a ela”, explica a bibliotecária, que integra a equipe da BPE desde 2007.

COLEÇÕES ESPECIAIS

A Seção de Coleções Especiais da BPE é composta por cinco acervos. Um deles, o de Obras Raras, é considerado um dos mais valiosos do país, com cerca de 15 mil livros e edições em outros formatos, como panfletos, periódicos e documentos avulsos. O exemplar mais antigo do acervo, o Manual de Confessores e Penitentes, data de 1560.

Desde 2012 à frente da seção, Poliana sonha em universalizar este acervo. “ A gente tem um material muito rico, né? Nosso foco agora é identificar tudo o que temos do século dezenove, digitalizar e disponibilizar para o usuário, porque a gente preserva o documento e, ao mesmo tempo, está colocando disponível para qualquer pesquisador, onde quer que ele esteja”, explica.

A seção de Coleções Especiais da BPE funciona de segunda à sexta, das 9h às 18h. O atendimento aos pesquisadores é realizado via agendamento, que pode ser realizado pelo telefone (81) 3181-2650 ou pelo e-mail colecoesespeciais_bpe@adm.educacao.pe.gov.br.