Equipes participantes são da Escola Estadual Nelson Araújo, em Exu, e da EREM Comendador Manoel Caetano de Brito, em Poção

Equipes de duas escolas da rede estadual de ensino de Pernambuco foram premiadas na 46° Jornada de Foguetes (turma 08), realizada em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, de 2 a 5 de outubro. A competição reuniu 76 equipes de todo o Brasil que obtiveram bons resultados na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) 2023, olimpíada científica promovida pela Sociedade Astronômica Brasileira. 

Os estudantes Édylla Araújo, José Gustavo Cordeiro e Pedro Cordeiro, da Escola Estadual Nelson Araújo, localizada em Exu, no Sertão pernambucano, conquistaram o vice-campeonato com um lançamento de 192,8m. A equipe foi orientada pelo professor de física Edson Morais, que também acompanhou os estudantes na competição. 

A Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Comendador Manoel Caetano de Brito, em Poção, também no Sertão, levou três equipes à competição. Duas delas conquistaram o título de campeã e uma de vice-campeã. As equipes foram orientadas pelo professor de física Adson Aguiar e acompanhadas pela gestora da escola, Selma Farias. 

Foram campeãs a equipe Apolo XI, composta por Renato Batista, Gabriel  Oliveira e Evandro Cavalnti, cujo foguete alcançou a marca de 258,4m de distância percorrida, e a equipe Áries, formada por Isac Gomes, Carlos Henrique Bezerra e Luiz Henrique Silva, que lançou seu protótipo a 250m de distância. A equipe Anúbis, dos estudantes José Israel Bezerra, Diogo Belarmino e Luiz Arthur Silva chegou ao vice-campeonato com a marca de 145,8m. Todos os foguetes foram construídos de garrafa PET, pressurizados com vinagre e bicarbonato. 

Esta é a segunda vez que a escola leva equipes à competição. Para o professor Adson Aguiar, a participação em eventos desse porte é de extrema relevância para que os estudantes exercitem seus conhecimentos. “Trata-se de uma excelente oportunidade que complementa o aprendizado de sala de aula, trabalhando a conscientização do reaproveitamento de materiais. Os alunos utilizam o aprendizado que tiveram ao longo do ano em disciplinas como física, química, biologia, matemática, entre outras, para desenvolver e despertar suas capacidades de investigação científica em busca do melhor projeto que simula o lançamento de um foguete de verdade”, discorreu o professor. 

Durante a imersão de quatro dias, os estudantes participaram de formações e muitas trocas de experiências com estudantes e professores de várias partes do país. “Diversos colégios e faculdades presentes na jornada oferecem bolsas para os alunos premiados. Um evento como esse vai diferenciar o currículo de um aluno participante, e o que vai se refletir na melhora do seu rendimento escolar”, complementou Adson. 

O estudante Renato Batista reconhece os impactos dessa experiência. “Participar de um evento científico desse porte me fez observar a necessidade de me dedicar e aprender cada dia mais para ter um projeto de vida de sucesso. A jornada de foguetes é uma experiência que marcou minha vida positivamente e ampliou minha vontade de aprender cada vez mais”, declarou o estudante.