Programa visa à ampliação do fazer pedagógico, com o suporte da cultura, nas unidades de ensino do Estado
Texto: Secretaria de Cultura de Pernambuco
O Governo de Pernambuco, por meio de uma parceria entre a Secretaria Educação e Esportes (SEE), a Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), leva para 50 escolas de todas as regiões do Estado, de terça (6) a quinta-feira (8), o programa Saberes Carnavalizados. Neste período de retorno às atividades escolares, que coincide com a semana pré-carnavalesca, estudantes da rede pública de ensino têm contato com artistas e grupos da cultura popular em uma imersão de convivência direta com as manifestações mais representativas do Carnaval pernambucano.
Idealizado pela SEE em parceria com a Fundarpe, Saberes Carnavalizados foi projetado com o objetivo de tornar público, dar visibilidade, valorizar e fomentar o acesso gratuito à comunidade escolar de 50 instituições de ensino da rede estadual, distribuídas entre as 16 regionais, do trabalho realizado por agremiações culturais de Pernambuco das seguintes modalidades: clubes de frevo, blocos de pau e corda, clubes de boneco, caboclinhos, afoxés, maracatus de baque solto, maracatus de baque virado, ciranda, samba de véio, escolas de samba, tribos de índios, bois, ursos, grupos de mascarados, entre outras formas de expressão. As atividades aconteceram, de 6 a 8 de fevereiro, em 50 escolas indicadas pelos gestores das 16 GREs integrando a programação pedagógica-cultural das instituições.
Fotos: Secult-PE/Fundarpe
A iniciativa visa ainda proporcionar benefícios educacionais, tendo em vista que as expressões culturais têm com relação ao desenvolvimento cognitivo dos estudantes, possibilitando o acesso à cultura a toda comunidade escolar e contribuindo para cultivar valores, salvaguardar os nossos bens patrimoniais, reinventar as tradições e fortalecer o sentimento de pertencimento e as identidades. Também contribuir para revelar talentos, desenvolver habilidades e a convivência entre os diferentes por meio de uma ação coletiva.
A ação parte de apresentação dos personagens e do histórico do grupo por um representante da agremiação à comunidade escolar, em formato de roda de conversa, numa área de convivência na unidade escolar. A atividade é mediada por um docente ou coordenador pedagógico, que facilita o diálogo de estudantes e professores com os brincantes. Na sequência, toda a comunidade é convidada a interagir com os grupos por meio de apresentações e performances.
Fotos: Secult-PE/Fundarpe
A ideia é que a experiência seja retomada na sala de aula, em momento posterior à atividade prática, não necessariamente no mesmo dia, em diálogo com as diretrizes curriculares. Esse movimento de construção e reconstrução dos saberes pedagógicos por meio das interfaces das práticas culturais contraria a lógica de modelos de educação hierarquizante e permite que ideias pré-concebidas sobre as culturas populares sejam repensadas e compreendidas considerando suas singularidades.
Isso permite ainda que Saberes Carnavalizados tenha um papel importante para a ampliação do fazer pedagógico nas escolas pernambucanas, sobretudo, porque apresenta a temática do patrimônio cultural a partir das múltiplas experiências do vivido/imaginado das comunidades, por meio das expressões culturais, estabelecendo relações próprias em que os sujeitos criam novas formas de entendimentos, subjetividades e sociabilidades.