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Educadores desenvolvem estratégias para expandir os conhecimentos dos alunos

O sucesso dos estudantes da Rede Estadual no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2023 tem influência direta dos seus professores e professoras. O papel do educador vai além da simples transmissão de conteúdo. Envolve o incentivo, a inspiração e o companheirismo, requisitos que ajudam a desenvolver as habilidades essenciais para o bom desempenho nas provas e na redação, uma das partes decisivas para que o aluno consiga uma tão sonhada vaga no ensino superior. 

Pensando nisso, professoras e professores desenvolvem estratégias para expandir cada vez mais, entre os estudantes, as habilidades de produção de textos coesos e argumentativos, baseados em temas contemporâneos. É o caso da professora de língua portuguesa Karla Dantas, da Escola Técnica Estadual João Bezerra, situada em Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife. 

Durante todo o semestre passado, a educadora promoveu debates, simulados e outras dinâmicas pedagógicas com temas sociais relevantes. “Assistimos ao filme ‘Que Horas Ela Volta’, que fala da vida de uma empregada doméstica que sofre com a questão da desigualdade social e de gênero. A gente discutiu a temática em sala de aula, fizemos um estudo sobre o formato da redação e foi esse o tema do Enem”, relata, cheia de orgulho.

Karla promoveu debates, simulados e outras dinâmicas pedagógicas com temas sociais relevantes | Foto: Divulgação

Na Zona da Mata de Pernambuco, o destaque vai para uma dupla de professoras que somaram conteúdos e desenvolveram diversas atividades com temáticas que instigaram o senso crítico e o hábito da leitura entre os alunos. Afinal, o segredo de uma boa escrita é ler bastante. 

Milayne do Nascimento e Nataly Batista são da Escola de Referência em Ensino Médio dos Palmares Dom Acácio Rodrigues Alves, localizada na cidade de Palmares, onde mais de 20 estudantes tiveram notas iguais ou superiores a 900 na redação.

“Por meio do projeto Reciproart (Recital, Prosa e Arte), que existe na escola há 15 anos, promovemos oficinas de leitura com rodas de conversa, debates sobre  os  temas da atualidade, aulões, seminários, TCCs, momentos motivacionais e muito, muito treino”, diz a professora Milayne. “O ano letivo de 2023 foi extremamente produtivo. Buscamos meios para construir uma boa base para os educandos. Estávamos empenhadas em ajudar aqueles que precisavam do reforço”, conclui.

Para a professora Nataly, o sentimento é de dever cumprido. “O objetivo sempre era acabar com as dificuldades que os alunos enfrentavam, tanto na parte de compreensão de textos, quanto na parte gramatical. Exercer esse trabalho foi uma experiência muito gratificante”, conta, orgulhosa.

Projeto Reciproart promove oficinas de leitura, debates sobre os temas da atualidade e muito mais | Imagens: Divulgação

A estratégia de unir forças também aconteceu na Escola Estadual Indígena Tia Amélia Caxiado, situada na aldeia Lagoa Serra do Arapuã, em Carnaubeira da Penha, no Sertão. Na unidade, as professoras Élica Silva e Daniela Alzira (idealizadora), juntamente com outros docentes, desenvolveram o projeto “Redação Nota Mil”, que consistia em aulas interdisciplinares fora do período das aulas normais.

A então estudante da escola, Maria Clara da Silva, indígena da Aldeia Água Grande, alcançou a nota 940 no Enem 2023 graças ao projeto. “Estou imensamente grata pela contribuição fundamental no desenvolvimento das minhas habilidades. Os professores são excelentes e aprendi muito. A escola desempenhou um papel crucial no meu aprendizado para o Enem, me fornecendo suporte e conhecimento, que foram fundamentais para o meu desempenho”, relata a jovem, que pretende estudar medicina.

Estudante indígena pretende estudar medicina | Imagem: Divulgação