Os líderes estudantis debateram sobre a temática que será trabalhada no ano letivo 2025 nas escolas do estado
Estudantes protagonistas da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco participaram, nesta quinta-feira (16), do terceiro dia do Seminário de Lançamento do Ano Letivo 2025, que acontece em Garanhuns, no Agreste. O evento é realizado pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco (SEE), por meio da Secretaria Executiva de Desenvolvimento da Educação (SEDE), e reuniu alunos representantes das 16 Gerências Regionais de Ensino (GREs) para um dia de palestras e debates sobre a temática escolhida para o ano letivo 2025: “Vidas, Escolas e Comunidade: educar para a promoção da justiça socioambiental”.
O convidado para dialogar com os jovens foi o professor e escritor indígena Daniel Munduruku, que ministrou uma palestra para auxiliá-los a organizar a proposta de como será a abertura do ano letivo em todas as unidades da rede. Antecedendo às atividades, houve uma importante apresentação do Povo Xucuru de Ororubá, mostrando a sua força e a resistência ancestral.
“Eu gostei muito de participar dessa abertura do ano letivo, porque eu vi que há realmente um interesse e um compromisso do Estado em pensar a questão da justiça ambiental, de uma forma não apenas didática e formativa, mas também humanizada. Então, parabenizo a Secretaria de Educação e o Governo de Pernambuco por trazer essas questões e não deixar para trás a participação de nenhum grupo no pensar em soluções climáticas. Espero que as pessoas possam se sentir contempladas cada vez mais com a presença do Estado na vida delas e com a possibilidade de viverem em um país e Estado melhor”, ressalta o professor e escritor indígena, Daniel Munduruku.
Imagem: Divulgação
Participaram do evento alunos dos anos finais do ensino médio, das escolas técnicas, indígenas, quilombolas, estudantes do público-alvo da educação especial; do campo e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
“Nós somos a resistência e seremos ainda mais resistentes com a nossa cultura dentro das escolas, porque para a gente ir para o futuro, precisamos falar do passado. Eu sou os meus antepassados, o meu povo, sou o sangue dos que tombaram por mim fortes como a Jurema e resistentes como o Caruá”, disse Marcos Cauã Truká (Povo Truká), aluno da Escola Indígena Capitão Dena, localizada na Ilha de Assunção, em Cabrobó.
A secretária executiva de Desenvolvimento da Educação, Tarcia Silva, ressaltou a importância da pauta climática e dos vieses que são relevantes para serem trabalhados ao longo de todo o ano. “É preciso discutir essa temática também com as lideranças estudantis de todas as regionais e com as equipes técnicas que se desdobram junto aos estudantes da rede para que nós possamos afinar, organizar e se preparar para construir um ano com o tema: Vidas, Escolas e Comunidade: educar para a promoção da justiça socioambiental”, explica.