Fotos trazem um olhar sensível sobre identidade, pertencimento e valorização cultural

Foi aberta no hall de entrada da Secretaria Estadual de Educação (SEE), nesta terça-feira (25), a segunda edição da exposição fotográfica Olhares Negros: Beleza em Foco, que celebra o mês da Consciência Negra com um olhar sensível sobre identidade, pertencimento e valorização cultural. A mostra, produzida pelo fotógrafo Rennan Peixe, transforma servidores da casa em protagonistas de uma homenagem que destaca a beleza e a força da cultura afro-brasileira.

A iniciativa é da Biblioteca do Professor, desenvolvida em parceria com a Unidade de Ensino, Bibliotecas, Leituras e Linguagens, a Gerência de Ações Culturais e a Secretaria Executiva de Desenvolvimento da Educação (SEDE). O conjunto de fotografias revela não só a estética dos retratados, mas também suas trajetórias, memórias e o orgulho que carregam. Cada imagem funciona como um convite para refletir sobre a pluralidade das vivências afro-brasileiras e sobre o impacto da representatividade no ambiente educacional.

Imagens: Junior Aguiar

“A intenção é a valorização do profissional negro”, disse a professora Socorro Conrado, idealizadora da ação. Ela lembra que a mobilização vem de meses. “Devido à semana da consciência negra, a gente queria fazer alguma ação da biblioteca. Então, eu pensei, por que não valorizar os funcionários daqui que se veem como negros? E a gente saiu convidando alguns para fotografia e terminou culminando nessa exposição”, lembra.

As fotos expostas revelam rostos conhecidos dos corredores da Secretaria, mas agora apresentados sob uma nova luz, transformados em ícones de resistência, beleza e afirmação cultural. Para quem participa, o efeito é imediato: ver-se representado dessa forma amplia significados e desperta novas possibilidades de atuação dentro da própria rede pública de ensino.

Natália Vasconcelos, da Gerência de Direitos Humanos, é uma das servidoras retratadas. Ela acredita que o trabalho pode germinar novos projetos e alcançar as escolas. “Me sinto feliz e inspirada em utilizar essa exposição e esse trabalho, que é também pedagógico, nas escolas”, relata.