Evento teve abertura nesta quinta-feira (20), com mesas-redondas e lançamento de livro. A programação segue até o sábado (22), com debates sobre temas que fortalecem o desenvolvimento do setor esportivo
Pernambuco recebeu, nesta quinta-feira (20), a abertura do 16º Congresso Brasileiro de Gestão do Esporte (CBGE). Com o tema “Tecnologia e Inovação na Gestão do Esporte: desafios e oportunidades para o futuro”, o congresso destacou como o desenvolvimento da inteligência artificial e ferramentas de automação têm alterado as formas de planejamento e experiência no esporte, desde gestores até os torcedores. O evento, organizado pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco e pela Associação Brasileira de Gestão do Esporte (Abragesp), está acontecendo na Faculdade de Administração e Direito de Pernambuco (FCAP), no bairro da Madalena, no Recife.
A programação segue até este sábado (22), com debates sobre inovação tecnológica na área esportiva, democratização do esporte, gestão inclusiva e outros temas que fortalecem o desenvolvimento do setor. O evento reúne dirigentes, ex-atletas, pesquisadores e profissionais de áreas, como educação física, marketing, economia e administração. A agenda inclui ainda a apresentação de seis grupos temáticos, com premiação para os melhores trabalhos nas modalidades de comunicação oral e pôster.
Participaram da mesa de abertura o secretário executivo de Esportes da SEE e presidente da Comissão Organizadora do 16º CBGE, Marcos Nunes; a presidente da Abragesp, Cacilda Amaral; a secretaria Estadual de Esportes, Ivete Lacerda; o chefe de gabinete da SEE, Cássio Melo; o presidente do CREF12/PE, Lúcio Beltrão; e a vice-governadora, Priscila Krause.
Foto: Demison Costa/SEE
Durante sua fala, Priscila Krause destacou a importância de investir no esporte. “Nós já conseguimos colocar Pernambuco em outro patamar graças aos investimentos feitos no esporte pela SEE e pela Secretaria Estadual de Esportes. E, quando colocamos Pernambuco nesse nível, ganhamos condições de receber um evento como este. Isso reforça tanto a vocação do nosso Estado para grandes eventos quanto o reconhecimento de que hoje temos políticas públicas sólidas na área esportiva, que justificam receber todos vocês aqui para essa troca de experiências”, afirmou.
Na primeira roda de conversa, os palestrantes discutiram sobre o tema “Políticas Públicas e Tecnologia”. O painel contou com a presença do professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fernando Mezzadri; do coordenador técnico esportivo do Instituto de Pesquisa Inteligência Esportiva (IPIE), João Moretti; e do secretário executivo de Esportes da Secretaria Estadual de Esportes, Fabiano Souza. A mediação ficou por conta do estrategista de negócios esportivos, Luciano Leonidio.
Ao longo do painel, foram abordadas diversas temáticas, entre elas, “As mudanças paradigmáticas nas políticas públicas para o esporte”, “A incorporação da ciência, tecnologia e inovação”, “O monitoramento do esporte brasileiro” e “A democratização do acesso às práticas esportivas”.
Foto: Demison Costa/SEE
De acordo com Fernando Mezzadri, o evento é fundamental para a produção de conhecimento. “Participar deste congresso é importante para que possamos avançar nessa política e fortalecer um diálogo que precisa ser permanente. Nosso papel, como professores e pesquisadores, é justamente produzir conhecimento, pois isso faz parte do nosso cotidiano. Para mim, enquanto pesquisador, está sendo extremamente enriquecedor poder dialogar com cada um de vocês”, salientou.
Ainda durante o evento, houve o lançamento do livro “Gestão Desportiva: a redescoberta do Brasil”, escrito pelo professor associado da Universidade do Porto, em Portugal, José Pedro Sarmento e uma palestra com o jornalista e radialista Rodrigo Raposo sobre o tema “Comunicação e Tecnologia na Gestão do Esporte: desafios e oportunidades para o futuro”.
Esta é a segunda vez que o evento acontece em solo pernambucano. Em 2013, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recebeu a 5ª edição do CBGE. “Hoje, podemos criar, usar ferramentas e, sobretudo, ouvir os dados apresentados aqui no congresso para transformá-los em realidade, em políticas públicas que alcancem os invisíveis. Minha atenção está voltada não apenas para o esporte de alto rendimento, mas também para o esporte amador, aquele que acontece na periferia e que muitas vezes revela grandes atletas. Isso é fundamental e é muito bom ver esses temas sendo trazidos para o debate”, pontuou Ivete Lacerda.
“É muito bom poder viver um momento como este, reencontrar grandes amigos e aproximar a academia da ponta, de quem está ali no dia a dia, suando, com o apito na cintura, pochete, boné e protetor solar. Mas só isso não é suficiente. Também precisamos qualificar essa turma, porque não dá para achar que apenas a vivência prática resolve tudo. Essa aproximação entre o que discutimos na academia e quem está, de fato, na ponta operativa, é fundamental. E esse é o grande objetivo do CBGE deste ano”, destacou Marcos Nunes.





















