Ações foram promovidas em alusão à data magna, 6 de março

Despertar e fortalecer o orgulho de ser pernambucano e perpetuar a memória das lutas que moldaram nossa história, criando um forte senso de pertencimento à nossa terra. Com esses propósitos, muitas escolas da Rede Estadual promoveram atividades educativas interdisciplinares sobre a Revolução Pernambucana, aproveitando a chegada da Data Magna (06 de março) que marca esse importante episódio. Assim, os estudantes entendem que, muito antes do 7 de setembro de 1822, o nosso estado já havia demonstrado sua força e desejo de independência.

A Revolução Pernambucana foi um movimento de caráter republicano e emancipacionista que eclodiu em Pernambuco no dia 6 de março de 1817. Seus participantes buscavam a independência de Pernambuco e a criação de uma república. Durante 74 dias, os revolucionários conseguiram estabelecer um governo provisório independente que implementou reformas progressistas, como a abolição da escravidão e a separação entre Igreja e Estado. 

Um dos marcos desse período histórico foi a criação da bandeira da província pernambucana. Hoje ela se mantém praticamente com as mesmas características. O fundo azul representa o céu, uma cruz simbolizando a fé cristã, um arco-íris como símbolo de esperança e renovação, além da estrela que hoje representa o Estado.

Esse símbolo marcante foi o foco de uma atividade especial na Escola de Referência em Ensino Fundamental (Eref) Sigismundo Gonçalves, localizada em Olinda. Os estudantes do sexto ano tiveram a oportunidade de aprender sobre a Revolução e compreender o significado de cada elemento presente na bandeira. A ação integrou as disciplinas de História, Artes e Língua Portuguesa.

“Trabalhamos a bandeira, pois ela representa a identidade do povo pernambucano. É a mais bonita do Brasil, símbolo de força e de coragem”, disse a professora de História Fernanda Rafael.

Imagens: Filipe Jordão

Outra atividade de destaque aconteceu na Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) José Vilela, situada em Casa Forte, no Recife. O professor de História Diogo Xavier organizou uma apresentação teatral com os estudantes do segundo ano. A peça conta como a Revolução se iniciou.

O estudante Ian Gomes participou da atividade e entendeu o contexto da opressão colonial que resultou no levante. “Eu aprendi que os revolucionários não aceitavam o que o governo português fazia sobre eles, então achei muito interessante o que eles fizeram naquela época. Acho muito importante que a gente saiba como foi a nossa origem para a gente entender o que somos hoje”, conta.

Imagem: Junior Aguiar

Em Caruaru, no Agreste, estudantes da Erem Antônia Cavalcanti de Albuquerque foram incentivados a escrever uma constituição para o que seria um “país melhor”, permitindo uma reflexão sobre conceitos fundamentais de cidadania, justiça e democracia. Na visão do assistente de gestão da unidade, Andro Souza, o exercício é um incentivo ao pensamento crítico.

“Realizar a atividade sobre a data magna de Pernambuco é fundamental, pois valoriza a história local, fortalece a identidade cultural dos estudantes e os ajuda a conhecerem e valorizarem a história da nossa região. Tudo isso nos permite também discutir temas como liberdade, autonomia e participação popular, ligando o aspecto do passado aos desafios políticos e sociais da nossa atualidade”, destaca o professor Andro.

Imagem: Divulgação