Atividades do Setembro Surdo, mês de conscientização à causa, seguem até o dia 30

Escolas da Rede Estadual de Ensino promoveram, nesta quinta-feira (26), uma série de ações relacionadas ao Dia Nacional do Surdo. A data, que marca a fundação da primeira escola de surdos no Brasil, em 1857, tornou-se um marco para a comunidade surda brasileira em busca da valorização das suas identidades e da luta pela acessibilidade. As atividades do Setembro Surdo, mês de conscientização à causa, seguem até o dia 30. 

No Agreste, estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Manoel Bacelar, em Riacho das Almas, promoveram uma atividade de promoção da cultura surda com a presença de intérpretes de libras e professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE). No Recife, a Escola Eneida Rabelo preparou uma programação que contou com palestra, exibição de filme e roda de conversa para discutir a temática. 

A Gerência Regional de Educação (GRE) Sertão do Médio São Francisco promoveu uma passeata pelas ruas da cidade de Petrolina para profissionais da educação, estudantes surdos das redes municipal e estadual, seus familiares e alunos do curso de Libras. Em seguida, houve um momento de apresentações culturais, jogos e brincadeiras no parque Josepha Coelho, local de chegada da passeata. A programação segue até o fim do mês com uma palestra sobre estudos surdos e os artefatos culturais surdos, no sábado (27), e o I Seminário sobre os Estudos da Tradução e Interpretação, voltado para intérpretes de Libras, na segunda-feira (30). 

Na Rede Estadual de Pernambuco, os estudantes com algum grau de surdez ou surdocegueira recebem o suporte de 113 professores instrutores e 440 intérpretes de Libras, além de 943 professores do AEE, profissionais essenciais para garantir o direito à educação acessível e de qualidade. O número deve aumentar nos próximos meses com as novas convocações. A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) ainda promove a difusão da Libras a partir de cursos gratuitos em todo o estado. Só no último semestre, foram abertas 1.594 vagas para novos estudantes. 

A partir da sua Gerência de Políticas Educacionais de Educação Inclusiva (GEI), a SEE ainda promove uma série de ações formativas junto aos professores de modo síncrono e assíncrono para a difusão da Libras nas unidades escolares e na comunidade durante todo ano letivo. A pasta também conta com o Centro de Apoio ao Surdo (CAS), responsável por multiplicar estratégias pedagógicas para atender os estudantes com surdez  e surdocegueira de modo mais exequível no dia a dia escolar.

“O momento atual vai além do cunho celebratório, pois o segmento busca valorização identitária, bem como o acesso a novas oportunidades diante dos desafios sociais permeados de barreiras comunicacionais e atitudinais”, pontua Sunnye Rose, gerente de GEI.