Apresentações musicais, encenações e atividades culturais marcaram o início da programação especial que se estenderá por um ano

Estudantes da Rede Estadual participaram, nesta terça-feira (02), da abertura da celebração do bicentenário da Confederação do Equador. Durante o evento, foram apresentadas diversas atividades que serão realizadas ao longo de um ano e que foram preparadas por uma comissão especial liderada pela vice-governadora, Priscila Krause, e que reuniu cerca de 20 entidades e órgãos pernambucanos. O evento aconteceu no auditório do Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, e reuniu a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, a vice-governadora, Priscila Krause, entre outros políticos, autoridades locais e convidados especiais. 

Preservando o legado da história dos movimentos libertários, as comemorações do bicentenário da Confederação do Equador reuniu pesquisadores e historiadores da Universidade de Pernambuco (UPE) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para apresentar o “novo rosto” de Frei Caneca, personagem central da Confederação do Equador que pagou com a vida por participar do movimento. Com a carência de representações do religioso, foi feito um minucioso estudo com referências históricas e iconográficas.

No lançamento das comemorações, houve uma exposição da iconografia de Frei Caneca produzida pelo artista Robert Ploeg. “A Confederação do Equador celebra muito daquilo que somos. Os ideais de democracia e de luta pela liberdade sempre estiveram muito presentes no povo pernambucano. Esse fato traz marcas profundas em Pernambuco, não no que diz respeito somente à diminuição do nosso território, mas profundamente marcado por aquilo que nos revela como povo guerreiro e sempre com valores democráticos muito fortes”, enfatizou Raquel Lyra. 

Na ocasião, estudantes da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio (Erefem) Ginásio de Limoeiro Arthur Correa de Oliveira, no Agreste de Pernambuco, apresentaram uma embolada relacionada ao tema do evento. O grupo envolve alunos do Ensino Fundamental Anos Finais, que participaram de todo o processo criativo da música, do figurino e da coreografia. 

Fotos: Filipe Jordão

Por ser um ritmo diferente, as professoras de história Angela Ramos e Sarah Moura pensaram em fazer uma embolada para contar a história da Confederação do Equador como parte do processo de ensino-aprendizagem, facilitando a explicação de todo o contexto histórico. “Colocar a arte para ensinar é muito importante porque deu uma facilidade para eles compreenderem toda a história, mas também a cultura popular nessa perspectiva da embolada”, destacou Sarah.

Para a estudante Anne Carollinny, de 14 anos, participar dessa apresentação enriqueceu seu conhecimento histórico sobre um fato tão importante para Pernambuco. “Na escola, sempre participamos de trabalhos, como apresentações, exposições e outros projetos. Mas estar envolvida em todo o processo criativo de uma música e coreografia foi uma experiência incrível para todos nós. Inicialmente, achávamos que a embolada era um ritmo muito difícil, especialmente por causa de algumas palavras que são complicadas de pronunciar durante a execução da música, mas as professoras foram extremamente pacientes ao nos ensinar a melhor maneira de cantar. Ao fazermos esse tipo de apresentação, conseguimos inspirar outros estudantes a conhecerem essa história e a apreciarem um ritmo tão bonito e emocionante como a embolada”, pontuou.