Paratletas são esperança de muitas medalhas para o Brasil na capital francesa

Os Jogos Paralímpicos de 2024 vão começar e Pernambuco tem paratletas representando o Brasil. Essa é a maior delegação brasileira já enviada para uma paralimpíada fora do país, com 280 paratletas. A 17ª edição do evento acontece em Paris, na França, entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro. A delegação brasileira conta com dez paratletas representando Pernambuco, dos quais dois, apesar de não terem nascido no estado, competem e são beneficiados por programas de incentivo ao esporte local, além de dois técnicos e assistentes.

Os nomes dos paratletas que representarão Pernambuco e o Brasil nas Paralimpíadas são Andreza Vitória e Evani Calado na bocha; Moniza Aparecida na equipe de goalball; Phelipe Rodrigues e Maria Carolina Santiago na natação; Erik Matheus e Gabriel Mendes no Remo; Raimundo Nonato no futebol de cegos; e as “não pernambucanas” Fernanda Yara e Samira Brito, ambas do atletismo. Além dos paratletas, Pernambuco ainda terá representantes nas equipes técnicas com Poliana Silva, técnica da bocha; e Paulo Rogério, assistente técnico da Seleção Brasileira Masculina de Voleibol Sentado.

“Para o Governo de Pernambuco, apoiar os atletas e paratletas do estado é algo de extrema importância, pois provamos que entendemos o grande potencial que temos alcançado. Não é atoa que investimos bastante em programas como o Bolsa Atleta, Bolsa Técnico, Time Pernambuco, dentre outros. Desejamos para esses atletas todo o sucesso do mundo nas suas competições”, disse o secretário executivo de Esportes, Luciano Leonidio. 

Dos 12 representantes de Pernambuco nos Jogos Paralímpicos, oito fazem parte dos Programas de Incentivo ao Esporte do Governo do Estado. Andreza Vitória, Maria Carolina Santiago, Raimundo Nonato e Poliana Silva fazem parte do programa Time Pernambuco. O Time PE contempla atletas e técnicos, olímpicos e paralímpicos, e é voltado para o esporte de alto rendimento, com auxílio mensal durante 12 meses de R$ 2.500,00 para atletas e R$ 1 mil para técnicos.

Fernanda Yara, Samira Brito, Erik Matheus e Gabriel Mendes são beneficiários do programa Bolsa Atleta Pernambuco. O Bolsa Atleta, por número de contemplados e orçamento, é o principal programa de auxílio financeiro para os desportistas do estado. Os valores das bolsas, entre olímpicas e não olímpicas, variam entre R$ 380,00 e R$ 2.500,00, divididos em oito categorias, e são pagos durante 12 meses.

Os destaques pernambucanos ficam por conta de Phelipe Rodrigues e Maria Carlina Santiago, da natação, além de Raimundo Nonato, do futebol de 5.  O recifense Phelipe Rodrigues é o integrante da delegação brasileira com o maior número de medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos com oito pódios na carreira. Nadador da classe S10, ele conquistou medalhas em todas as edições dos Jogos que disputou, de Pequim 2008 a Tóquio 2020. Especialista nas provas de velocidade (50m e 100m) do nado livre, ele soma cinco pratas e três bronzes no currículo. 

Maria Carolina Santiago, também nadadora, se destaca na delegação brasileira como a terceira maior paratleta da história do Brasil em jogos paralímpicos. Na primeira participação no certame, em Tóquio 2020, Carol conquistou incríveis cinco medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e uma de bronze. A atleta vem de uma excelente performance no Mundial de Natação Paralímpica de 2023, em Manchester, e tem tudo para brigar por mais medalhas em Paris.

E para finalizar, Raimundo Nonato, do futebol de cegos, o paratleta que conquistou ouro em todas as Paralimpíadas que disputou. Pela seleção brasileira de futebol de 5, exclusiva para deficientes visuais, arrematou a medalha de ouro em Londres 2012, Rio 2026 e Tóquio 2020. Agora, em sua quarta paralimpíadas, Raimundo vai em busca de manter a hegemonia brasileira na modalidade para se firmar ainda mais como um dos maiores paratletas do Brasil.