O evento reuniu 120 profissionais da educação infantil quilombola

Nos dias 29 e 30 de agosto, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE), por meio da Gerência Geral de Educação Infantil e Anos Iniciais (GGEIAI/SEDE) e da Gerência de Educação Escolar Quilombola (GEEQ), promoveu no município de Gravatá, no Agreste do estado, a Formação Criança Alfabetizada Quilombola. Com a temática “Infâncias Quilombolas”, a formação teve como objetivo promover a capacitação sobre as infâncias quilombolas desde a creche até os anos iniciais do ensino fundamental, por meio de práticas pedagógicas que valorizem suas identidades.

O evento proporcionou a integração dos saberes da ancestralidade quilombola e buscou garantir o direito à aprendizagem dos estudantes. Estiveram presentes 120 pessoas, entre formadores quilombolas do Programa Criança Alfabetizada (PCA), articuladores municipais do PCA e representantes do PCA de nove Gerências Regionais de Educação (GREs), totalizando 24 municípios participantes.

O encontro formativo teve como princípio o contexto quilombola, com a contação de história ancestral negra realizada por Afro Berna, que trouxe a musicalidade, integrando a história “Khethiwe, Rainha da Embira”, de autoria de Gcina Mhlophe.

Imagens: Divulgação

“A ampliação do Programa Criança Alfabetizada considerou a realidade das comunidades quilombolas. É um grande marco histórico para a educação em Pernambuco, fortalecendo o direito das comunidades quilombolas de terem, no processo educativo de suas crianças, a realidade de seus territórios, sendo os próprios quilombolas os formadores”, explica Romero Almeida, gerente de Educação Escolar Quilombola.

Também participou do evento a Prof.ª Dr.ª Viviane Marinho (Coletivo Nacional de Educação da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas), com uma palestra sobre Infâncias Quilombolas. Durante a formação, duas professoras quilombolas compartilharam suas vivências na alfabetização e no ensino de matemática nos anos iniciais do ensino fundamental, a partir da realidade quilombola. No segundo dia, foram oferecidas oficinas para educação infantil, matemática e língua portuguesa nos anos iniciais do ensino fundamental.