Projeto  busca tornar o ensino da disciplina dinâmico e colocar os alunos como protagonistas

Estudantes de turmas do 9° ano do fundamental e 2° ano do ensino médio da Escola Professora Isaura de França, situada no município de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife (RMR), aprendem conteúdos da disciplina de história de um jeito inovador. Na quinta-feira (16), aconteceu o primeiro encontro do projeto “História através do RPG”, desenvolvido pelo professor Arthur Victor. A iniciativa tem o objetivo de mostrar como elementos da cultura pop podem ser instrumentos no ensino da história.

RPG, sigla para Role Playing Game, que significa “jogo de interpretar papéis”, é um tipo de game em que os jogadores interpretam personagens e criam, de forma colaborativa, narrativas que giram em torno de um enredo.

“O RPG sempre foi visto como algo bobo, apenas como uma diversão de adolescentes. Mas ele é capaz de estimular a criatividade e, nesse caso, estimular os participantes a conhecer sobre nossa história de uma forma mais lúdica”, explicou o professor Arthur Victor.

Fotos: Josimar Oliveira/SEE

A aventura do docente com os alunos se passa no Brasil Colônia, mais especificamente no período em que os holandeses conquistaram a capitania de Pernambuco, em 1630. No jogo, o Arthur é o narrador, enquanto os estudantes interpretam os personagens, que são indígenas, europeus e africanos. 

O narrador começa apresentando a história, que tem seu início no porto do Recife, com a chegada de um navio vindo da África, desembarcando escravizados. Há uma troca de olhares entre alguns personagens no navio e os indígenas e, ao mesmo tempo, um tumulto acontece entre os africanos. A partir desse enredo, os estudantes passam a tomar decisões que vão influenciar no desenrolar da história.

Fotos: Josimar Oliveira/SEE

João Felipe, aluno do 9° ano, joga RPG’s há mais de cinco anos e está empolgado em aprender história dessa maneira. “É a primeira vez que jogo na escola. Sempre quis participar de um projeto assim, pois o RPG ajuda muito no desenvolvimento social. Para ajudar meus colegas a se familiarizar com o universo do RPG, dou todo o auxílio necessário, explicando o sistema e ajudando na criação de personagens. É importante ajudar quem tem dificuldades nesses aspectos”, ressaltou o estudante.

Essa é a primeira vez que Melquisedeque Kauê, também do 9° ano, tem contato com esse tipo de game. Para ele, a experiência nova está sendo muito divertida. “Essa primeira aventura foi  super emocionante. Tenho certeza de que todos estão ansiosos para saber o que vai acontecer nos próximos encontros”, contou o aluno.