SEE celebra a data com pagamento do BDE e outras ações de valorização dos docentes
Neste 15 de outubro, a Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE) celebra o Dia dos Professores com muitos motivos para comemorar. Hoje, mais de 30 mil docentes da Rede Estadual recebem o Bônus de Desempenho Educacional (BDE), reconhecimento pelo compromisso e pelos resultados alcançados nos processos e metas educacionais de 2024.
Para cuidar dos profissionais da Rede Estadual, que diariamente se dedicam a garantir uma educação pública de qualidade para todos, o Governo do Estado vem lançando iniciativas inéditas voltadas à valorização e ao fortalecimento da carreira docente. Entre essas ações, destacam-se o Programa Ganhe o Mundo Professor, que promove intercâmbios internacionais para qualificação docente, a entrega do Kit Professor, composto por itens que auxiliam no planejamento e na rotina de sala de aula e o Projeto Estadual de Residência Docente, que busca aprimorar a formação de novos professores.
A gestão estadual também vem fortalecendo o trabalho nas unidades de ensino por meio de investimentos e de nomeações expressivas de profissionais da educação. Desde 2023, já foram nomeados 12.799 servidores, consolidando o maior conjunto de efetivações dos últimos 10 anos. Já são 9.082 professores da educação básica, 209 da educação especial (sendo 72 braillistas e 137 intérpretes), 110 professores de música, além de 1.754 analistas e 1.644 assistentes educacionais. Com esse reforço, o número de docentes efetivos já supera o de contratados na Rede Estadual. No início de 2023, havia 21.679 professores contratados, contra apenas 18.470 efetivos. Atualmente, são 25.475 efetivos e 12.149 temporários. É devido à dedicação desses profissionais que o Estado é destaque em desempenho educacional do País.
Nas escolas estaduais, histórias de dedicação à educação inspiram diariamente, como a de Levy Mendes, professor de biologia da Escola Técnica Estadual (ETE) Almirante Soares Dutra, no Recife. Aluno egresso da unidade de ensino, onde estudou de 1993 a 1995 no curso técnico integrado de Patologia Clínica, o docente considera a escola como sua segunda casa. “Sou professor da Rede Estadual desde 2005, mas foi em 2012 que prestei seleção interna para o Ensino Integral e tive a oportunidade de voltar para essa casa. Escolhi vir pra cá porque foi a escola que me projetou no ensino médio. Vim ensinar Biologia onde tudo começou”, relembra o professor.
Filho de um agricultor, Levy tinha a missão dada pelo pai de trabalhar assim que o ensino médio acabasse, em qualquer emprego que conseguisse arranjar. “Foi aqui onde a minha vida mudou, a virada de chave”, conta o professor, que conquistou uma vaga de técnico de análises clínicas através de um concurso da Universidade de Pernambuco (UPE) assim que terminou seu curso técnico, cargo que ocupa até hoje. “Essa escola me mostrou muitas coisas boas e hoje eu posso colher os resultados de tudo o que consegui lá atrás com muita luta”, reforça o biólogo, que cursou a graduação na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
A professora Mércia Bezerra é uma testemunha ocular do progresso de Levy em todas as suas fases. Professora do biólogo no curso técnico, ela segue atuando na ETE, onde ocupa uma mesa na secretaria. “Levy sempre foi um aluno muito interessado, né? Eu torcia muito por ele e por todos aqueles que estavam no curso de Patologia Clínica. Inclusive, eu trabalho no laboratório da maternidade Professor Barros Lima e tenho vários ex-alunos que hoje são meus colegas”, comemora.
Foto: Demison Costa/ SEE
Assim como Levy, Mércia também é aluna egressa do Soares Dutra. “Eu estudei aqui também, em 1971, assim que a escola inaugurou. Fiz da segunda até a sexta série primária”, relembra. Em 1994, ela prestou concurso e foi convocada para a escola, como professora do antigo curso de Patologia Clínica, chamado hoje de Análises Clínicas. “Quando eu cheguei aqui, vim substituir uma professora que ia se aposentar, Ivaneide, que foi minha professora. Uma aluna substituindo uma ex-professora”, conta.
Dessa forma, a trilha da educação vai se desenrolando. “A educação transforma vidas. Em todos esses anos, vi muitos alunos passando em medicina, direito, enfermagem, biomedicina, pedagogia e tudo isso é motivo de satisfação”, celebra Levy. Para Mércia, a fonte da satisfação é a mesma: ver que os ex-alunos brilham em suas profissões. “Como agora estou na secretaria, sempre recebo ex-alunos que vêm procurar documentos. Hoje muitos já fazem doutorado, são concursados e isso pra mim é uma satisfação. Meu coração fica saltitante”, comenta.
As histórias de Levy e Mércia são apenas duas dentre mais de 37 mil educadores que fazem parte da Rede Estadual de Ensino e transformam vidas todos os dias com seu trabalho, inspirando gerações a seguir seus sonhos e a conquistar um futuro mais promissor.
Fotos: Demison Costa / SEE