As atividades de produção do material são realizadas durante as aulas de português 

Alunos da Escola Fontainha de Abreu, localizada no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, aprendem e mostram suas habilidades sobre gêneros textuais em um projeto que integra o ambiente escolar com o resgate da comunicação feita por jornal. Com edições semestrais, o intitulado Jornal Fontainha de Abreu está em sua segunda edição e é feito pelos estudantes das turmas do 6°, 7°,  8° e 9° ano do ensino fundamental. 

O projeto é desenvolvido nas aulas de português e auxilia os alunos nos estudos sobre os gêneros textuais que fazem parte da esfera discursiva e no desenvolvimento das habilidades de escrita. Em sala de aula acontecem debates sobre diversos temas e, na definição das pautas, cada grupo  fica com um texto específico. Após esse processo, uma aula semanal é separada para a verificação do andamento das produções. 

Todo o material fica sob a supervisão do professor de português Deyvson Pereira, responsável pela  função de editar e orientar os estudantes diante de tudo o que está sendo produzido. Segundo o professor, o domínio dos alunos sobre os gêneros textuais e a escrita tem avançado gradualmente. “Eles estão internalizando a ideia de que vivemos em uma sociedade que se comunica por meio de textos e que eles podem dominar esses saberes. A escrita tem deixado de ser um pesar e está começando a fazer parte da rotina deles”, revela Deyvson.

Tornando as aulas mais práticas, trabalhando o objeto de estudo do português: a língua, um organismo abstrato, a atividade busca a perspectiva de autonomia dos estudantes, construindo múltiplos saberes. Assim, no jornal, os alunos expõem, além dos textos com notícias, eventos e informes da própria escola, suas fotos, ilustrações e até mesmo poemas que ficam em evidência nas publicações. 

“Estou muito feliz em ver meus poemas publicados no nosso jornal, porque eu nunca tinha pensado que realmente eles seriam divulgados em algum momento. Eu espero muito que tenham conseguido transmitir tudo aquilo que eu sinto ao escrevê-los”, conta Julia Emanuely da Silva Bezerra, aluna do 9º ano. 

As edições do jornal são distribuídas para os familiares dos estudantes através de grupos virtuais gerenciados pela gestão da escola.